Equipamentos de fibra óptica são elementos essenciais para redes de alta velocidade e esses tipos de equipamentos precisam ser homologados pela Agência Nacional de Telecomunicações, Anatel, para serem usados no Brasil.
Neste artigo, abordaremos os requisitos básicos para a aprovação deste tipo de equipamento para utilização no país.
Equipamentos de fibra óptica: O que são?
Para que uma rede de fibra óptica funcione corretamente, é necessário investir na compra dos equipamentos compatíveis com o serviço. Afinal, serão eles que garantirão uma ótima velocidade de conexão, bem como o suporte para aparelhos simultâneos. Veja a seguir.
Cabo drop
Serve para dar acesso à rede para o assinante. Esse cabo é composto por uma fibra de padrão ITU-T G.657A2, que apresenta uma curvatura adequada para dutos apertados.
CTO (Caixa de Terminação Óptica)
Trata-se de um equipamento voltado para atender vários assinantes de uma vez só — até 16 células. Também oferece suporte para adaptadores ópticos e podem ser instalados com ou sem splitters.
Splitter
Componente passivo que serve para dividir o sinal óptico. Assim, permite a topologia P2MP, que deixa a rede com mais capilaridade e aumenta a ramificação.
Conector de rede de fibra óptica
Atuam como a interface entre os dispositivos de uma rede óptica e a conexão da fibra óptica de um cabo. Nesse sentido, o conector interliga os cabos aos splitters, adaptadores, ONUs e outros.
Adaptador de fibra
Sua função é unir dois conectores, aumentando a precisão do sinal óptico. Também são utilizados em outros componentes de rede, como caixas de emenda e distribuidores internos ópticos.
ONT ou ONU
O Optical Network Terminal ou Optical Network Unit transforma o sinal óptico em sinais elétricos para que o cliente possa utilizar a rede.
Equipamentos de fibra óptica: Por que precisa de certificação Anatel
Todos os equipamentos utilizados no campo das telecomunicações — aqueles que usam radiofrequência, bluetooth ou wi-fi — precisam da certificação.
Nesta categoria, também se encontram os dispositivos que ajudam no funcionamento de aparelhos de comunicação, como cabos e baterias. De acordo com a agência, a certificação serve para comprovar que tais objetos atendem aos requisitos técnicos e de qualidade:
- operam em frequências compatíveis com a norma brasileira;
- não interferir com outros serviços regulamentados, como tráfego aéreo e redes de celulares;
- apresentar características construtivas que garantem a segurança dos usuários, reduzindo as chances de choques elétricos, explosões, vazamentos de materiais tóxicos e outros.
Equipamentos de Fibra que necessitam homologação da Anatel
De acordo com as diretrizes da Anatel, todos os equipamentos envolvidos em telecomunicações precisam passar por um processo chamado homologação.
A homologação assegura que os produtos comercializados estão de acordo com os padrões mínimos de qualidade, funcionamento e segurança exigidos pela Anatel.
Todos os elementos da rede de fibra óptica estão dentro da definição de produtos de telecomunicações, portanto cada um desses elementos necessita de homologação separadamente a partir de ensaios e normas definidas pela agência brasileira.
Os OCDs são órgãos independentes delegados pela Anatel para conduzir tais processos, e auxiliar fabricantes e importadores a obter homologação de equipamentos, como os de fibra óptica.
Uma das OCDs mais reconhecidas atualmente é a Master Certificações, que está presente neste mercado há mais de 15 anos.
A Anatel divide produtos em diferentes categorias de acordo com a sua finalidade dentro da rede, e os elementos de uma rede de fibra estão incluídos nas categorias I e III.
Equipamentos de Fibra Óptica na Categoria I
A Categoria I engloba produtos que são necessários para acessar as redes de telecomunicações como os terminais, mas inclui também alguns cabos.
Os elementos que pertencem a rede de fibra que você encontrará nesta categoria são os equipamentos ópticos passivos, como os terminais de rede ópticas conhecidos como ONT, e também os cabos autossustentados de fibra óptica – Drop Óptico para vãos de 80 m, cabos de fibra óptica compactos para instalação interna e microcabos.
Equipamentos de Fibra Óptica na Categoria III
A Categoria III está relacionada a equipamentos que fornecem suporte a serviços de telecomunicações e asseguram tanto a sua confiabilidade e segurança elétrica, e compatibilidade eletromagnética.
A vasta maioria dos equipamentos de rede de fibra óptica estão listadas nesta categoria, que são:
- Splitters;
- Cabo de fibra óptica;
- Cabo de fibra óptica núcleo dielétrico aéreo autossustentado;
- Cabos Óptico Terrestre Marinizado;
- Cabos OPGW;
- Caixa terminal óptica;
- Conector para fibra óptica;
- Conjunto de emenda para cabos ópticos;
- Fibras Ópticas dos tipos MM, SM, DS, NZD e BLI;
- Multiplex óptico (WDM/CWDM/DWDM);
- Terminação de linha óptica (OLT) / Unidade de Rede Óptica (ONU);
- Terminação de linha óptica com ou sem multiplexer integrado;
- Interface STM-1, 4, 16, 64 óptica.
Apesar destes equipamentos estarem agrupados na mesma categoria, a Anatel estabelece parâmetros diferentes para aprovação de cada elemento da rede descrito acima.
Os procedimentos são definidos de acordo com as especificações técnicas do produto e o OCD poderá fornecer informações detalhadas sobre os ensaios necessários para a emissão do certificado de conformidade para seu produto.
Padrões de homologação para equipamentos de fibra óptica
De forma geral, os padrões usados pela Anatel para avaliar os equipamentos que são parte de uma rede de fibra seguem uma combinação de padrões internacionais como o ITU-T, IEC, ASTM, além de outras normas estabelecidas pela própria Anatel.
Processo de homologação para equipamentos de Fibra Óptica
O processo de homologação é iniciado pelo fabricante ou pelo importador do produto no Brasil.
O primeiro passo para obter a homologação de qualquer equipamento é a escolha de um OCD, que é o órgão delegado pela Anatel para realizar o processo de avaliação do produto.
O OCD indicará os ensaios específicos necessários para o tipo do produto, conduzirá o processo e por fim emitirá o certificado baseado nos ensaios conduzidos em um laboratório acreditado pelo INMETRO.
Com base nas especificações técnicas dos produtos, o OCD recomendará ao requerente um ou mais laboratórios que poderão conduzir os ensaios exigidos pela Anatel para a certificação do produto.
De acordo com a regulamentação brasileira, a maioria dos testes laboratoriais devem ocorrer em território nacional, porém dependendo da tecnologia utilizada ou do equipamento, a escolha do laboratório poderá ser determinada pelo OCD.
Desta forma, o OCD indicará o número de amostras necessárias para testes, e também qualquer documentação adicional para finalizar o processo de homologação.
Com base nos resultados dos ensaios, o OCD emitirá o Certificado de Conformidade para o equipamento avaliado e solicitará o registro do produto nos bancos de dados da Anatel.
Após estes passos, o fornecedor do produto recebe uma versão final do selo de identificação da Anatel e o código de homologação para a marcação do produto.
Renovação da Homologação
O processo de homologação também é conduzido pelo OCD, que irá determinar quais documentos e novos ensaios serão necessários para o processo de renovação.
Em linhas gerais, equipamentos de fibra óptica na categoria I devem ter sua homologação renovada anualmente, e categoria III devem solicitar a renovação quando houver mudanças no hardware ou tecnologia do equipamento.
Obtendo a homologação na Anatel
A empresa Master Certificações é um OCD delegado pela Anatel para conduzir o processo de certificação para qualquer equipamento que necessite de homologação.
Assim, tratamos de todo o processo, desde a solicitação de documentos até a emissão do Certificado de Conformidade.
Como a Master te ajuda na homologação de equipamentos de fibra óptica?
A Master Certificações é especialista em auxiliar empresas estrangeiras a trazer seus produtos ao mercado brasileiro em conformidade com as regulamentações locais.
Portanto, realizamos certificações de centenas de produtos de telecomunicações, incluindo telefones celulares e seus componentes, equipamentos de conexão para banda larga, equipamentos de radiação restrita e equipamentos de rádio.
Para isso, a Master precisa seguir uma série de normas para atestar que os equipamentos de fibra óptica seguem as especificações técnicas determinadas pela Anatel. Quer entender melhor como podemos te ajudar nesse processo? Confira abaixo:
- Certificado de conformidade: documento emitido pela Master, que informa se o produto está em conformidade com as regras da Anatel;
- Certificado de homologação: a Master encaminha o produto para a emissão do certificado de homologação, seguindo as melhores práticas;
- Manutenção do Certificado de Conformidade: o OCD orienta a empresa para cumprir com todos os requisitos de avaliação de conformidade, a fim de obter um resultado positivo;
- Elaboração dos requisitos técnicos de ensaio: a Master orienta a organização sobre as informações relacionadas aos testes e ensaios de laboratório do produto.
Conclusão
Como você pode notar, os equipamentos de fibra óptica são fundamentais para uma rede do tipo funcionar corretamente. Além disso, eles também precisam da certificação Anatel para serem devidamente comercializados no Brasil.
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